Ora, para que saibais...

"E, entrando no barco, passou para o outro lado, e chegou à sua cidade. E eis que lhe trouxeram um paralítico, deitado numa cama. E Jesus, vendo a fé deles, disse ao paralítico: Filho, tem bom ânimo, perdoados te são os teus pecados. E eis que alguns dos escribas diziam entre si: Ele blasfema. Mas Jesus, conhecendo os seus pensamentos, disse: Por que pensais mal em vossos corações? Pois, qual é mais fácil? dizer: Perdoados te são os teus pecados; ou dizer: Levanta-te e anda?
Ora, para que saibais que o Filho do homem tem na terra autoridade para perdoar pecados (disse então ao paralítico): Levanta-te, toma a tua cama, e vai para tua casa. E, levantando-se, foi para sua casa. E a multidão, vendo isto, maravilhou-se, e glorificou a Deus, que dera tal poder aos homens." (Mateus 9:1-8)


Há algum tempo, este texto - mais especificamente a expressão em negrito - me desperta a atenção. Principalmente, porque não é todo mundo que pode falá-la.

Imaginemos a seguinte situação: Alguém descobre estar com uma enfermidade. Vai a um médico especialista. Ele diz: "Fulano, esta enfermidade é incurável. Mas, eu, como especialista, vou te curar através da tua alma." Os parentes respondem: "Doutor, o senhor está brincando. Fulano está morrendo." Outro diz: "É um charlatão." O médico diz: "Ora, para que saibais que eu sou a maior autoridade do mundo em casos como o seu, eu vou tocar no teu abdômen e ficarás curado." Você já ouviu falar em algo assim?

E não ouvirá. Nunca. Porque quem pode dizer "Ora, para que saibais..." é alguém "Senhor da situação", que domina o tempo, o espaço, os sentimentos, a razão. Alguém que sonda os corações, conhece todas as indagações, sabe tudo. Alguém que realizou outros milagres e que podia, em todos eles, usar a expressão "Ora, para que saibais..."

"E, descendo ele do monte, seguiu-o uma grande multidão. E, eis que veio um leproso, e o adorou, dizendo: Senhor, se quiseres, podes tornar-me limpo. E Jesus, estendendo a mão, tocou-o, dizendo: Quero; sê limpo. E logo ficou purificado da lepra." (Mateus 8:1-3)

Quem pode, além de Jesus, o Filho de Deus, curar lepra? E limpar pecado? "Ora, para que saibais que eu tenho autoridade para curar, eu limpo a tua pele, o teu corpo. E limpo também a tua alma. Curo todas as feridas emocionais, sentimentais, que tanto te afligem."

"E os escribas e fariseus trouxeram-lhe uma mulher apanhada em adultério. E, pondo-a no meio, disseram-lhe: Mestre, esta mulher foi apanhada, no próprio ato, adulterando. E na lei nos mandou Moisés que as tais sejam apedrejadas. Tu, pois, que dizes? Isto diziam eles, tentando-o, para que tivessem de que o acusar. Mas Jesus, inclinando-se, escrevia com o dedo na terra. E, como insistissem, perguntando-lhe, endireitou-se, e disse-lhes: Aquele que de entre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra contra ela. E, tornando a inclinar-se, escrevia na terra. Quando ouviram isto, redargüidos da consciência, saíram um a um, a começar pelos mais velhos até aos últimos; ficou só Jesus e a mulher que estava no meio. E, endireitando-se Jesus, e não vendo ninguém mais do que a mulher, disse-lhe: Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou? E ela disse: Ninguém, Senhor. E disse-lhe Jesus: Nem eu também te condeno; vai-te, e não peques mais." (João 8:3-11)

Visualize a cena. Jesus pergunta: "Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou? E ela disse: Ninguém, Senhor." Certamente a mulher pensou: "Ninguém podia me acusar. Todos tinham pecados. Mas Ele não tem. Vou ser condenada." Jesus: "Ora, para que saibais que eu tenho na terra autoridade para perdoar pecados, eu também não te condeno. Quem tem prazer em condenar é o diabo, que veio para ´roubar, matar, e destruir; eu vim para que tenhas vida, e a tenhas com abundância.´"

"E aconteceu que, no dia seguinte, ele foi à cidade chamada Naim, e com ele iam muitos dos seus discípulos, e uma grande multidão. E, quando chegou perto da porta da cidade, eis que levavam um defunto, filho único de sua mãe, que era viúva; e com ela ia uma grande multidão da cidade. E, vendo-a, o Senhor moveu-se de íntima compaixão por ela, e disse-lhe: Não chores. E, chegando-se, tocou o esquife (e os que o levavam pararam), e disse: Jovem, a ti te digo: Levanta-te. E o defunto assentou-se, e começou a falar. E entregou-o a sua mãe." (Lucas 7:11-15)

Não era uma doença incurável, uma possível morte. Era um esquife e dentro, um corpo inerte. Era uma mãe chorando por perder o seu único filho. Era uma oportunidade única de Jesus dizer "Ora, para que saibais..."

"Ora, para que saibais que eu posso enxugar dos teus olhos todas as lágrimas, te digo: ´Não chores´. E te dou o motivo para não chorar mais: ´Jovem, levanta-te´. E o jovem assentou-se e começou a falar."

Interessante: Jesus não ordenou o funeral parar. "Ele tocou o esquife (e os que o levavam pararam)." A morte para, quando tocada pela Vida. A morte morre; a Vida vive.


(PS: Texto adaptado de sermão homônimo pregado em 21/07/2009 na congregação da Igreja Evangélica Assembleia de Deus, bairro de Mandacaru, João Pessoa, Paraíba, Brasil)

2 comentários:

  1. Graça e Paz

    Realmente, Jesus é tremendo e a Ele é atribuído definições e adjetivos singulares. As vezes eu me pego “comparando” Jesus com heróis que a mídia idolatra, e, sempre chego a conclusões que me levam a pensamentos como esses e a reconhecer a cada vez mais a majestade de nosso Deus.

    Imagina se o Super Homem, Batimam ou qualquer outro poderia dizer algo assim.

    Belo texto.

    Se tiver tempo deixa mais um comentário no último post do meu blog,.

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  2. a paz do senhor vamos fazer um seguinte vamos trocar link? e tambem passar a seguir um a outro ok me manda um aviso ok abraçoss

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