“E a verdade vos libertará...”


Um dos textos mais conhecidos da Bíblia Sagrada está em João 8.32: E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” Conhecido, citado e até decorado, porém pouco praticado.

Se quisermos eufemizar a pouca prática, podemos citar o próprio texto, em que os judeus questionam a Jesus: “Somos descendência de Abraão, e nunca servimos a ninguém; como dizes tu: Sereis livres?” Hoje ainda há muita gente que não entende essas palavras. 

Apesar de a Bíblia ser enfática quando faz a contraposição entre verdade e mentira. O Senhor Jesus, no mesmo capítulo, ante a resistência dos judeus, diz: “Vós tendes por pai ao diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai. Ele foi homicida desde o princípio, e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso, e pai da mentira.”

Verdades imutáveis e inquestionáveis. Que, por serem palavras de Jesus, são mais fortes ainda. Logo, crer na verdade, buscar, falar, sentir e viver a verdade são características obrigatórias e essenciais à conduta cristã. Mas que não devem estar restritas a ela. 

Cada vez mais há empresas, instituições e pessoas que tem levado essa máxima a sério. Exceção? Tomara que se tornem regra.

Tenho o prazer de representar hoje uma empresa que pauta os seus princípios na verdade. É generalizado o sentimento de que ser verdadeiro é o melhor – e único - caminho, independentemente das conseqüências. Seja no trato interno com os colaboradores ou com a razão de ser de qualquer empresa, os clientes. Você acha que o resultado tem sido negativo? Não, resultados cada vez mais expressivos e crescentes em 45 anos de história.

Ser verdadeiro na igreja e na vida profissional é fácil, você pode dizer. E no dia-a-dia, com a família, os amigos? E nas situações inusitadas que a vida nos proporciona?

Em recente viagem ao Egito e Israel, a nossa caravana passou por uma dessas situações. Precisávamos atravessar a fronteira Egito-Israel e fomos alertados pelo guia do nosso grupo do rigor de Israel com as pessoas que cruzavam as suas fronteiras. (Em tempo: rigor plenamente justificado, quando vemos o insano e terrível ataque sofrido no último dia, 18/08/2011, deixando oito mortos.)

Fui um dos “escolhidos” para ter a mala revistada e passar por questionamentos. Em virtude do alerta que nos foi dado, respondi que falava inglês, qual era o motivo da nossa viagem, com quem estava presente, etc. Algumas outras pessoas passaram pelos mesmos procedimentos, que também podemos chamar de constrangimentos. Esperamos algum tempo e passamos por outros questionamentos que, sutilmente, tentavam nos pegar mentindo.

Enfim, todos liberados. Seguimos adiante e tivemos uma maravilhosa viagem, inesquecível até. Isso tudo porque seguimos à risca o conselho que nos foi dado. Qual foi? “Falem apenas a verdade. Nada mais, nada menos.” A verdade sempre liberta.

(Siga-nos no twitter: @emmanuelqueiroz)

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